Resumen: En este artículo se analizan las estrategias territoriales de los campesinos indígenas que participan en la Federación Nacional Campesina (FNC) de la provincia del Chaco (Argentina), vinculadas a la ocupación y recuperación de la tierra, y a la resistencia colectiva a los operativos de desalojo judicial. Estas se entienden como una respuesta a la crisis social y económica generada por la desarticulación de la economía regional y el avance de un nuevo ciclo de acumulación que habilita la privatización y concentración de la tierra, destruye el monte nativo y genera nuevas condiciones de desposesión en las comunidades locales. El enfoque metodológico fue la etnografía: se trabajó con entrevistas en profundidad realizadas a hombres y mujeres -en su mayoría jóvenes-, quienes habitan actualmente en ocupaciones de tierra o participaron en ellas y protagonizaron situaciones de desalojo judicial. La observación participante se llevó a cabo en instancias políticas de la FNC durante las visitas a los predios ocupados. El artículo describe el fenómeno social de ocupación de tierras y sus características generales e identifica diferentes instancias en la acción colectiva. Asimismo, plantea que estos acontecimientos no son espontáneos, sino prácticas estructuradas y ancladas en procesos de resistencia y lucha etnopolítica de larga duración. Las mismas actualizan el histórico conflicto por la tierra e incorporan a la tensión, sobre el acceso a la propiedad, otros elementos que son relativamente nuevos en el abanico de la protesta social. El artículo concluye que estas problemáticas trascienden la órbita de lo legal y se posicionan como un dilema social y político sobre el potencial uso económico y extractivo que se pretende hacer del territorio. La originalidad del artículo radica en que, a partir de la diferenciación de instancias, es posible identificar los elementos clave que intervienen en la permanencia de los campesinos en el ámbito rural y exceden la legalidad (o no) de los actos.

Abstract: This article analyzes the territorial strategies of indigenous peasants participating in the National Peasant Federation (FNC) of Argentina’s Chaco province, associated with the occupation and recovery of land, and collective resistance to judicial eviction operations. These are understood as a response to the social and economic crisis resulting from the disarticulation of the regional economy and the advance of a new cycle of accumulation that promotes land privatization and concentration, destroys native forests, and creates new conditions of dispossession in local communities. The methodological approach consisted in ethnography: we worked with in-depth interviews with men and women -mostly young- who are currently living in land occupations or who participated in them and were involved in situations of judicial eviction. Participant observation was carried out in political instances of the FNC during visits to the occupied properties. The article describes the social phenomenon of land occupation and its general characteristics and identifies different instances of collective action. It also argues that these events are not spontaneous, but structured practices anchored in long-standing processes of resistance and ethnopolitical struggle, which update the historical conflict over land and incorporate other elements into the tension over access to property that are relatively new in the spectrum of social protest. The article concludes that these problems transcend the legal sphere and are positioned as a social and political dilemma concerning the potential economic and extractive use of the territory. The originality of the article lies in the fact that, by differentiating instances, it is possible to identify the key elements that intervene in peasants’ permanence in rural areas and go beyond the legality (or not) of the acts.

Resumo: Neste artigo, são analisadas as estratégias territoriais dos camponeses indígenas que participam da Federação Nacional Camponesa (FNC) da província do Chaco (Argentina), vinculadas à ocupação e à recuperação da terra, e à resistência coletiva às operações de despejo judicial. Essas estratégias são entendidas como uma resposta à crise social e econômica gerada pela desarticulação da economia regional e pelo avanço de um novo ciclo de acumulação que permite a privatização e a concentração da terra, destrói a floresta nativa e gera condições de desapropriação nas comunidades locais. A abordagem metodológica foi a etnografia. Nesse sentido, trabalhou-se com entrevistas a profundidade realizadas a homens e mulheres - em sua maioria jovens -, os quais habitam atualmente em ocupações de terra ou participaram delas e protagonizaram situações de despejo judicial. A observação participante foi realizada em instâncias políticas da FNC durante as visitas aos terrenos ocupados. Neste artigo, é descrito o fenômeno social de ocupação de terras e suas características gerais e identificadas diferentes instâncias na ação coletiva. Além disso, propõe que esses acontecimentos não sejam espontâneos, mas sim práticas estruturadas e ancoradas em processos de resistência e luta etnopolítica de longa duração, que atualizam o histórico conflito pela terra e incorporam a tensão sobre o acesso à propriedade, outros elementos que são relativamente novos no espectro do protesto social. O artigo conclui que essas problemáticas transcendem a órbita do legal e estão posicionadas como dilema social e político sobre o potencial uso econômico e extrativo que se pretende fazer do território. A originalidade do artigo está em que, a partir da diferenciação de instâncias, é possível identificar os elementos-chave que intervêm na permanência dos camponeses no espaço rural e excedem a legalidade (ou não) dos atos.

Resumo A geração de energia eólica é recorrentemente apresentada como uma das alternativas ao uso de combustíveis fósseis, desempenhando por isso importante papel no combate as mudanças climáticas. Neste contexto, o interior semiárido brasileiro emerge como uma nova fronteira para expansão da indústria eólica dado seu elevado potencial. Sendo o proprietário da terra também proprietário do vento no Brasil, buscou-se compreender como se dão os processos de apropriação do vento e de terras para a produção de energia eólica a luz dos conceitos de acumulação por despossessão e green grabbing. Para tanto, foram analisados 14 contratos de arrendamento eólico. Concluiu-se que: os contratos de arrendamento são o instrumento legal que viabiliza a apropriação do vento e de terras; que a apropriação do vento se trata de um processo de acumulação por despossessão, em que há a privatização de um bem comum; e que esse processo somente se realiza a partir da apropriação de terras, entendida como um processo de green grabbing.

Abstract Wind power presents itself as an alternative to fossil fuels, playing an important role in fighting climate change. In that context, the Brazilian semiarid inland emerges as a new frontier for the wind industry given its high potential. Since being the landowner also means being the wind owner, we sought to understand how the processes of wind and land appropriation to produce wind power occur in the light of two concepts, ‘accumulation by dispossession’ and ‘green grabbing’. To that end, fourteen wind lease agreements were analyzed. It was concluded that: the wind lease contracts are the legal instrument that enables the appropriation of wind and land; that the appropriation of the wind is a process of ‘accumulation by dispossession, in which there is the privatization of a common good; and that this process only happens because of the land appropriation, understood as being a green grabbing process.

Resumen La generación de energía eólica se presenta como una alternativa a los combustibles fósiles, jugando un papel importante en la lucha contra el cambio climático. En este contexto, el interior semiárido brasileño emerge como una nueva frontera para la expansión de la industria eólica dado su alto potencial. Siendo el dueño de la tierra también dueño del viento, buscamos entender cómo los procesos de apropiación del viento y de la tierra para la producción de energía eólica ocurren a la luz de los conceptos de acumulación por desposesión y acaparamiento verde. Para tanto, se analizaron catorce contratos de arrendamiento eólico. Se concluyó que: los contratos de arrendamiento son el instrumento legal que permite la apropiación del viento y de la tierra; que la apropiación del viento es un proceso de acumulación por desposesión, en que se produce la privatización de un bien común; y que este proceso solo se da a partir de la apropiación de la tierra, entendida como un proceso de acaparamiento verde.

Résumé: Depuis 1990, la péninsule du Yucatán imaginée à ce jour comme une région frontalière, a subi des transformations importantes liées au développement urbain, touristique et agro-industriel sur les ejidos qui englobent en moyenne 60 % du territoire régional. L’objectif de cet article est d’analyser ladite reconfiguration territoriale définie en termes d’accaparement des terres en considérant l’extraction de valeur issue des changements de régimes de propriété (de la propriété sociale à la propriété privée) et des usages du sol (de la forêt à l’agriculture ou à l’urbain, ou de l’agriculture à l’urbain), indispensable à l’expansion capitaliste de la région. L’originalité de ce travail réside dans la conjugaison d’une analyse cartographique qui révèle les différentes modalités d’insertion des trois secteurs du capital sur les formes de tenure ejidal (terres à usage commun, parcelles et établissements humains) couplée à une analyse qualitative appuyée sur des donnes ethnographique et documentaire qui permet de comprendre en détail les processus de privatisation du point de vue des acteurs impliqués.

Abstract: Since the mid-1990s, the Yucatán Peninsula, a region usually imagined as a borderland, has undergone substantial transformations triggered by urban, tourist and agro-industrial development. Namely, over ejidos communal lands that encompass, on average, 60 % of the regional territory. The aim of this article is to analyze the regional territorial reconfiguration drawing from the land grabbing debate. To do so, we consider the production and extraction of value derived from changes in property regimes (from social property to private property) and land uses (from forest to agricultural or urban, or from agricultural to urban land use), essential for capitalist expansion in the region. The novelty of this work resides in combining a cartographic analysis that reveals the multiple modalities of insertion of three sectors of capital on the different forms of ejido land tenure (common use lands, parcels and human settlement parcels) together with a qualitative analysis supported by ethnographic and documentary research that shed light on the privatization processes from the perspective of involved actors.

Resumen: Desde mediados de los años noventa, la península de Yucatán, una región imaginada desde el centro del país como de frontera, ha experimentado transformaciones sustanciales relacionadas con el desarrollo urbano, turístico y agroindustrial sobre los ejidos que, en promedio, abarcan el 60 % del territorio regional. El objetivo de este artículo es analizar dicha reconfiguración territorial en términos del acaparamiento de tierras, proceso que supone la producción y extracción de valor, derivadas de los cambios de regímenes de propiedad (de la social a la privada) y usos de suelo (del forestal al agrícola o urbano, o del agrícola al urbano), y su apropiación por un conjunto de actores con información y gran poder que promueve activamente la expansión capitalista en la región. La originalidad de este trabajo reside en conjugar un análisis cartográfico, que revela las múltiples modalidades de inserción de tres sectores de capital (turístico-inmobiliario, agroindustrial y energético) sobre las diferentes formas de tenencia ejidal (tierras de uso común, parceladas y de asentamiento humano), y un análisis cualitativo apoyado en información etnográfica y documental, que permite comprender a detalle los procesos de privatización de las tierras desde la perspectiva de los actores involucrados.

RESUMEN El presente artículo se enmarca en un estudio comparativo de los proyectos de concesión y privatización de suelo llevados adelante en la Ciudad de Buenos Aires desde 2015 a 2018. Nuestro objetivo es analizar las estrategias de disposición de tierra desplegadas por medio de la concesión y privatización en el ámbito de la Ciudad de Buenos Aires, reconstruyendo las racionalidades políticas que se articularon en torno a ellas y los dispositivos institucionales creados para viabilizarlas. Nuestro argumento central es que, inscriptos en discursos sobre la 'ociosidad' de los terrenos, se movilizan grandes superficies de suelo mediante la creación de dispositivos institucionales que profundizan la fragmentación presupuestaria y territorial, sustrayendo del ámbito legislativo sus atribuciones en la definición de usos del suelo. Intentamos abordar así las continuidades e inflexiones en el urbanismo neoliberal porteño. Adoptamos una estrategia metodológica basada en el análisis de documentos producidos por las autoridades.

ABSTRACT This article is part of a comparative study of land concession and privatization projects carried out in the City of Buenos Aires from 2015 to 2018. Our goal is to analyze the land disposal strategies deployed by authorities through the concession and privatization in the City of Buenos Aires, reconstructing the political rationalities that were articulated around them and the institutional devices created to make them viable. Our central argument is that, inscribed in discourses about the 'idleness' of the land, large areas were mobilized through the creation of institutional devices that deepen the budgetary and territorial fragmentation, subtracting from the legislative scope its attributions in the definition of land uses. In doing so, we address the continuities and inflections in Buenos Aires' urban neoliberalism. We adopt a methodological strategy based on the analysis of documents produced by authorities.

RESUMO O presente artigo enquadra-se em um estudo comparativo dos projetos de concessão e privatização de solo levados a cabo na Cidade de Buenos Aires desde 2015 a 2018. O nosso objetivo é analisar as estratégias de disposição de terra desenvolvidas por meio da concessão e privatização no âmbito da Cidade de Buenos Aires, reconstruindo as racionalidades políticas que se articularam em torno a elas e os dispositivos institucionais criados para viabilizá-las. Nosso argumento central é que, inscritos em discursos sobre a 'ociosidade' dos terrenos, se mobilizam grandes superfícies de solo mediante a criação de dispositivos institucionais que aprofundam a fragmentação orçamentária e territorial, subtraindo do âmbito legislativo suas atribuições na definição de usos do solo. Tentamos abordar assim as continuidades e inflexões no urbanismo neoliberal portenho. Adotamos uma estratégia metodológica baseada na análise de documentos produzidos pelas autoridades.

Abstract: The purpose of the following article is to analyze the features of indigenous policy during the creation of a land market in the Pampas and North Patagonia in the second half of the 19th century. To this end, various experiences led by the chiefs of tribes of “friendly Indians” to secure land ownership are reconstructed and analyzed, focusing on the resources used, the type of collective action they encouraged and their outcomes. The main results show the importance acquired in these experiences of socio-political networks and relations built by the caciques in the border areas and identify the types of capital that played a key role in the process.

Resumen: El objetivo del siguiente artículo es analizar los rasgos que tuvo la política indígena en el contexto de formación de un mercado de tierras en las Pampas y Norpatagonia durante la segunda mitad del siglo XIX. Para ello, se reconstruyen y analizan diferentes experiencias protagonizadas por caciques de tribus de “indios amigos”, en virtud de obtener la propiedad de la tierra, poniendo el foco en los recursos empleados, qué tipo de acción colectiva habilitaron y cuáles fueron sus resultados. Los principales resultados muestran la relevancia que adquirieron en estas experiencias las redes y relaciones sociopolíticas construidas por los caciques en los espacios de frontera e identifican los tipos de capitales que intervinieron de manera decisiva.

Afforestation with exotic conifers in the mountainous strip of the southwestern province of Río Negro (department Bariloche) has been promoted since the seventies by the national and provincial states and carried out by private and mixed capitals. For their part, indigenous Mapuche people have pointed to forestry as a means of appropriation, privatization and concentration of land. With this problematic background, the objective of this work is to approach the relationship between the practices of capital applied to forest production, the pattern of distribution of land delineated by the state and ways of their occupation, possession and use by indigenous people in the production of a particular social space, in the period that extends from the 1970s to the present. To do this, we deploy the expression of the process of capital accumulation in the mountain chain of Río Negro in the evolution followed by: a) the afforested area at the provincial level regarding policies promoting afforestation, and b) privatization of public land and the concentration of its surface through the policies for its administration. We go, then, in the paths of two forestry companies, while emblematic cases of the role of private and mixed capitals in the appropriation, privatization and concentration of land through afforestation. Finally, we will formulate some conclusions that synthesize our argument.

La forestación con coníferas exóticas en la franja cordillerana del sudoeste de la provincia de Río Negro (departamento Bariloche) ha sido promovida, desde los años setenta, por los estados nacional y provincial y protagonizada por capitales privados y mixtos. Por su parte, las organizaciones del pueblo mapuche han señalado a la actividad forestal como medio para la apropiación, privatización y concentración de tierras. Con esta problemática de fondo, el objetivo de este trabajo es aproximarnos a la relación entre las prácticas de los capitales aplicados a la producción forestal, el patrón de distribución de la tierra delineado por el Estado y las maneras de su ocupación, posesión y uso por parte de los colectivos indígenas en la producción de un espacio social particular, en el período que se extiende desde la década de 1970 hasta la actualidad. Para ello, desplegamos la expresión del proceso de acumulación de capital en la cordillera rionegrina en la evolución seguida por: a) la superficie forestada a nivel provincial en relación con las políticas de promoción de la forestación, y b) la privatización de la tierra pública y la concentración de su superficie a través de las políticas para su administración. Nos adentramos, seguidamente, en las trayectorias de dos empresas forestales, en tanto casos emblemáticos del papel de los capitales privados y mixtos en la apropiación, privatización y concentración de tierras mediante la forestación. Por último, formularemos algunas conclusiones que sintetizan nuestro argumento.

Abstract Thanks to the agrarian reform of 1917, about half of Mexico’s territory is in the hands of peasants. However, most landholders are male and the ejido faces the challenge of privatization. Using documental and ethnographic data, this paper examines the gender dynamics of land privatization in the municipality of San Salvador Atenco, Estado de México. Drawing on the insights of feminist political ecology, it is argued that social practices regarding land privatization reproduced power relations based on gender, class and age.

Resumen Gracias a la reforma agraria de 1917, cerca de la mitad del territorio mexicano está en manos campesinas. Sin embargo, la mayoría de los titulares son hombres y el ejido enfrenta el reto de la privatización. Usando datos de archivo y etnográficos, este artículo analiza la dinámica de género en la privatización de la tierra en el municipio de San Salvador Atenco, Estado de México. A partir de las propuestas de la ecología política feminista, se argumenta que las prácticas sociales de la privatización de la tierra reprodujeron relaciones de poder basadas en género, clase y generación.

Abstract: This article analyzes academic research of tourism on the north coast of Honduras, using a bibliometric study of documents involving a systematic review of multidisciplinary databases (Scopus) between 1988 and 2018. The review yielded 25 papers with this theme. Most academic production occurred between 2010 and 2018 with 14 documents, indicating a growing interest among some authors to study the area in recent years. Researchers in United States produced the most publications, followed by those in Canada and England. The main topics covered were evaluation of social, economic, and environmental impacts of tourism, privatization of coastal lands, green neoliberalism and tourism, and commodification of culture.

Resumen: El objetivo de este trabajo es analizar la producción académica relacionada con el turismo en la costa norte de Honduras, utilizando el estudio bibliométrico de documentos a través de una revisión sistemática en bases de datos multidisciplinarias (Scopus) entre 1988 y 2018. Se localizaron veinticinco investigaciones con esta temática. En el periodo comprendido entre 2010 a 2018 se encontró la mayor producción científica, catorce documentos, lo que indica un interés creciente en estudiar la zona en los últimos años. Estados Unidos sobresale como el país con más publicaciones, seguido por Canadá e Inglaterra. Los temas principales que se abordan son: evaluación de impactos sociales, económicos y ambientales del turismo, privatización de tierras costeras, neoliberalismo verde y turismo y mercantilización de la cultura.

Abstract In 1992 the Agrarian Reform established measures to regulate the land market in agrarian nuclei, giving certainty to land tenure. Presumably, these measures changed the livelihoods of the population and the territorial structure. The objective of this study was to assess the possible effects of privatization of ejidos on the changes in land use in the state of Aguascalientes. The state represents a classical model of agrarian-urban-industrial transition. Land use maps were elaborated for the period of 1983 to 2013. The exchange rates in land use were calculated and compared between decades and in function of their degree of privatization. It was found that the process of certification and acquisition of full dominion of the lands took place in an accelerated manner during the first years of the reform’s implementation. The dynamic of land use change increased in the first years of certification; these changes are independent of the degree of privatization. The factors associated to these processes were discussed in function of the regional context and urban planning. Emphasis is made on the importance of elaborating policies with an integral approach that allows a balanced territorial development.

Resumen En 1992 la Reforma Agraria estableció medidas para regularizar el mercado del suelo en los núcleos agrarios, dando certidumbre a la tenencia de la tierra. Presumiblemente estas medidas modificaron los medios de vida de la población y la estructura del territorio. El objetivo de este estudio fue valorar los posibles efectos de la privatización de los ejidos sobre los cambios del uso del suelo en el estado de Aguascalientes. El estado representa un modelo clásico de transición agraria-urbano-industrial. Se elaboraron mapas de uso del suelo para el periodo de 1983 a 2013. Se calcularon las tasas de cambio en el uso del suelo y se compararon entre décadas y en función de su grado de privatización. Se encontró que el proceso de certificación y adquisición del dominio pleno de las tierras ocurrió de manera acelerada en los primeros años de actuación de la reforma. La dinámica de cambio de uso del suelo se incrementó en los primeros años de certificación; estos cambios son independientes del grado de privatización. Se discutieron los factores asociados a estos procesos en función del contexto regional y la planeación urbana. Se hace énfasis en la importancia de elaborar políticas con enfoque integral que permitan un desarrollo territorial equilibrado.

Abstract Neoliberal policies have brought about poverty, migration, and agrarian land individualization. The objective of this paper was to analyze the process of land sales in four of the six "ejidos" or communal land in Atenco, State of Mexico. It focuses on the adoption of full private property and women's exercise of the right of first buyer. The paper's originality lies not only in the gender analysis of land privatization, but also in the fact that research was conducted in a municipality well known for the defense of its territory. Data were obtained by means of three methods: communal land (ejido) archival research; participant observation, as well as group and individual interviews. Two patterns of full private-property adoption and the exercise of the right of first buyer were identified. In the first pattern, transactions were individual (parcel by parcel), while in the second, land sales were operated in groups. In both cases, authorities failed to protect women's rights as first buyers. The women themselves also lacked information on how to defend the family's patrimony.

Resumen Las políticas neoliberales han generado pobreza, migración e individualización de la propiedad agraria. El objetivo de este artículo es analizar el proceso de venta de tierras en cuatro de los seis ejidos que conforman al municipio de Atenco, Estado de México, poniendo particular énfasis en la adopción de dominio pleno y en el ejercicio del derecho del tanto por parte de las mujeres. La originalidad del artículo reside no solo en analizar la privatización de la tierra desde el enfoque de género, sino también en hacerlo en un municipio conocido históricamente por la defensa del territorio. Los datos fueron obtenidos a través de tres métodos: análisis de documentos ejidales, observación participante, y entrevistas grupales e individuales. Se identificaron dos patrones en la adopción del dominio pleno y en el ejercicio del derecho del tanto. En el primero, las transacciones se realizaron de manera individual (parcela por parcela), mientras que en el segundo las ventas fueron grupales. En ambos casos, las autoridades no protegieron los derechos de las mujeres y ellas tampoco los hicieron valer debido a su falta de información sobre cómo defender el patrimonio familiar.

ABSTRACT: This article focuses on the situation faced by indigenous peoples in Mexico with regard to processes of territorial dispossession and forced displacement of populations in response to private interests, as well as the impact these processes have on the survival of indigenous communities and the continuity of their biocultural heritage. This article aims to report on the advances and limitations of Mexican law in recognizing specific collective territorial rights following the international standards signed by the Mexican State. These rights are also contrasted with the approved neoliberal reforms, which are an attempt against indigenous territories and cultural forms. It describes the emergence of movements that struggle for the justiciability of their collective political rights and the resistance to generalized corruption among public officials and the privatization of land and natural resources.

RESUMEN: El planteamiento enfoca la situación que enfrentan los pueblos indígenas de México en relación con los procesos de despojo territorial y desplazamiento forzado de poblaciones por los intereses privados, así como el impacto de estos procesos en la supervivencia de sus comunidades y la continuidad de sus patrimonios bioculturales. Buscamos hacer un recuento de los avances y limitaciones de nuestra legislación en el reconocimiento de sus derechos colectivos territoriales específicos, de acuerdo con los estándares internacionales signados por el Estado mexicano, así como su contraste con la aprobación de reformas neoliberales que atentan contra sus territorios y formas culturales, describiendo la emergencia de movimientos de lucha por la justiciabilidad de sus derechos políticos colectivos y de resistencia contra la corrupción generalizada de funcionarios y la privatización de tierras y recursos naturales.

In the last decade, more than 1,500,000 ha have been declared as projects of environmental conservation in Chile, one tenth of the surface that the State has accumulated in protected territories for conservation in almost one century. The novelty is that these are private initiatives by environmental philanthropists and NGOs that have bought vast extensions of land in the Chilean south austral macroregion. This phenomenon opens a series of questions for environmental studies, because it tensions the state institutions dedicated to conservation and reconfigures environmental governance. The article examines three private conservation projects in the south of Chile and analyzes the implications that these have provoked on the traditional forms of governance in which the State has had an exclusive role. The results of the research show the emergency of new environmental governance in which new actors intervene in different scales. In this new scenario, the Non-Governmental Organizations play a decisive role. The work is an exploratory study from social sciences that attempts to contribute to environmental governance studies by examining the role of non-State actors in the definition of sectorial policies and indices of conservation.

En la última década más de 1.500.000 ha han sido declaradas proyectos de conservación ambiental en Chile, un décimo de la superficie que el Estado ha acumulado en tierras protegidas para la conservación en casi un siglo. La novedad es que estas son iniciativas privadas de filántropos y organizaciones no gubernamentales (ONG) ambientalistas que han comprado vastas extensiones de terreno en la macro región sur austral chilena. Este fenómeno abre un conjunto de interrogantes para los estudios ambientales, pues tensiona las instituciones estatales para la conservación y reconfigura la gobernanza ambiental. El artículo examina tres proyectos de conservación privada en el sur de Chile y analiza las implicancias que estos han provocado a las tradicionales formas de gobernanza en las que el Estado jugaba un rol excluyente. Los resultados del estudio informan del nacimiento de una nueva forma de gobernanza en que nuevos actores intervienen en diferentes escalas. En este nuevo escenario, las ONG juegan un rol decisivo. Este trabajo es un estudio que desde las ciencias sociales intenta contribuir a los estudios de gobernanza ambiental al examinar el rol activo de actores no estatales en la definición de políticas e indicadores de conservación ambiental.

Malgré les restrictions imposées par la loi Agraire, l'ejido comme forme d'appropriation de la terre a permis la coexistence de diverses formes de tenure et d'usage de celle-ci. Dite flexibilité a été malgré tout marquée par un processus d'appropriation individualisé et permanent de la terre ejidale. Le présent travail a pour objet de contribuer à la discussion autour de situations de pluralité normative dans le contexte de l'ejido. La distance entre les droits de jure et ceux defacto autour des formes d'accès et d'appropriation de la terre ejidale est l'entrée à la réflexion sur les conditions qui déterminent la conversion ou la résistance à l'appropriation individualisée des terres de l'ejido dans le sud du Yucatan et le sens donné à cette transformation par les acteurs impliqués.

Despite the restrictions imposed by Mexico's Agrarian Law, the ejido form of land tenure has allowed the co-existence of diverse forms of appropriation and land use. However, this flexibility has been marked by an ongoing process of individualized appropriation of ejidal lands. The objective of this study is to contribute to the discussion surrounding the conditions of normative plurality in the context of ejidos. The distance between de jure and defacto rights with respect to the forms of accessing and appropriating ejidal lands is the entry point for a reflection on the conditions that determine the conversion, or resistance, to the individualized appropriation of ejidal lands in southern Yucatán, and the significance of this transformation for the actors involved.

A pesar de las restricciones impuestas por la Ley agraria, el ejido como forma de tenencia de la tierra ha permitido la coexistencia de diversas formas de apropiación y uso de la tierra. Dicha flexibilidad ha estado, sin embargo, marcada por un proceso de apropiación individualizada y permanente de la tierra ejidal. El presente trabajo tiene por objetivo contribuir a la discusión en torno a situaciones de pluralidad normativa en el contexto ejidal. La distancia entre los derechos de jure y los derechos de facto en torno a las formas de acceso y apropiación de la tierra ejidal son la entrada para reflexionar sobre las condiciones que determinan la conversión o resistencia a la apropiación individualizada de las tierras ejidales en el sur de Yucatán y el significado de dicha transformación para los actores involucrados.

Le présent article analyse l'impact des réformes libérales du XIXe siècle sur les communautés indigènes de la Meseta purépecha au Michoacán, non seulement s'agissant de la reconfiguration de leur territoire, mais aussi de l'émergence d'un indigène moderne. A partir de la documentation que produisirent les communautés elles-mêmes, sont repris les arguments à travers lesquels elles se sont présentées comme des sujets avec des droits individuels et collectifs à la fois, et ainsi négocier avec l'Etat mexicain la privatisation de leurs terres communales.

This article analyzes the impact of the 19th-century liberal reforms on the indigenous communities of the Meseta Purépecha in Michoacan, not only on the reconfiguration of their territory, but also on the emergence of the modern Indian. On the basis of documents produced by those communities, the essay reviews the arguments that they elaborated to present themselves as subjects with both individual and collective rights, and to negotiate with the Mexican State for the privatization of their communal lands.

El presente artículo analiza el impacto que tuvieron las reformas liberales del siglo XIX en las comunidades indígenas de la Meseta Purépecha en Michoacán, no sólo en la reconfiguración de su territorio sino en la emergencia de un indígena moderno. Con base en la documentación que generaron las propias comunidades se revisan los argumentos que esgrimieron para presentarse como sujetos con derechos individuales a la vez que colectivos y negociar con el Estado mexicano la privatización de sus tierras comunales.

Resumen La historiografía mexicana posrevolucionaria ha fomentado una leyenda que responsabiliza en alto grado a las compañías deslindadoras y colonizadoras (1875-1902) de apropiarse las tierras comunales, apoyadas por el aparato judicial federal y aprovechando las leyes sobre deslindes de terrenos baldíos del Porfiriato (1876-1910). Según esta lectura, las compañías aprovecharon su posición de agentes de gobierno en agravio de los intereses territoriales de las comunidades y de los poseedores de terrenos no titulados, usurpando así extensas tierras para su venta a particulares, mientras los jueces rechazaban los juicios de oposición. Con la actuación de las compañías deslindadoras, el proceso de desamortización de las tierras comunales, iniciado con las primeras leyes agrarias del México independiente, llegó a su punto culminante. Confrontada esta leyenda con la documentación histórica referida al estado mexicano de Chiapas, resulta una imagen, aún preliminar, que obliga matizar la tradicional visión de un mundo indígena desentendido del mundo ladino y expuesto a las arbitrariedades del mundo oficial y de los particulares. A la vez nos ofrece un nuevo punto de vista en la interpretación tanto de la actuación de la justicia federal como de las compañías deslindadoras en el proceso de privatización de las tierras comunales. Esta perspectiva nos permite revalorar la evolución de la pérdida de las tierras colectivas en su justa dimensión y bajo enfoques que complementan los tradicionales.